A cirurgia bariátrica é uma das opções mais eficazes no tratamento da obesidade grave, especialmente quando mudanças de hábitos e tratamentos clínicos não são suficientes.
Entre os tipos mais comuns, destacam-se o sleeve gástrico e o bypass gástrico — duas técnicas seguras, reconhecidas e amplamente utilizadas no Brasil.
Apesar de terem o mesmo objetivo — promover a perda de peso e melhorar condições associadas à obesidade — essas cirurgias funcionam de maneiras diferentes e têm indicações específicas, que variam conforme o perfil do paciente, seu histórico de saúde e estilo de vida.
No NTCO, essa decisão é sempre feita com base em uma avaliação criteriosa, multidisciplinar e individualizada. A seguir, explicamos as características de cada técnica e os fatores que influenciam essa escolha.
Cirurgia bariátrica: como funciona o Sleeve e o Bypass
A escolha entre as técnicas de cirurgia bariátrica depende de diversos fatores clínicos e metabólicos. Entenda abaixo como funciona cada uma:
Sleeve gástrico
No sleeve gástrico, cerca de 70% a 80% do estômago é removido, restando um tubo estreito, com capacidade de aproximadamente 100 ml.
Essa técnica é considerada restritiva e metabólica, pois reduz a ingestão de alimentos e também interfere na produção de grelina, hormônio responsável por estimular a fome.
Por não alterar o intestino, o procedimento é considerado menos invasivo que o bypass e possui menor risco de deficiências nutricionais, embora ainda seja necessário um acompanhamento com suplementação.
É indicado para pacientes com IMC mais baixo ou sem comorbidades graves, e também tem mostrado resultados positivos no controle da hipertensão, colesterol e até do diabetes, o que vem ampliando sua indicação. A perda de peso costuma ser progressiva e duradoura, especialmente com acompanhamento multidisciplinar.
Bypass gástrico
Já no bypass gástrico, o estômago é transformado em uma pequena bolsa e conectado diretamente a uma parte mais distante do intestino delgado, criando um desvio que reduz a absorção de calorias e nutrientes.
Essa abordagem combina restrição alimentar com alterações hormonais que aumentam a saciedade e reduzem a fome.
É uma técnica recomendada para pacientes com obesidade severa e comorbidades, como diabetes tipo 2, apneia do sono ou refluxo.
A perda de peso tende a ser mais rápida e eficaz, mas o procedimento exige maior cuidado nutricional no pós-operatório, devido ao risco de deficiências vitamínicas e complicações como úlcera ou obstruções intestinais.
Quais são os critérios para escolher o tipo de cirurgia bariátrica
A escolha entre sleeve e bypass deve considerar uma série de fatores clínicos e comportamentais. A avaliação médica é indispensável para indicar a técnica mais segura e eficaz para cada paciente. Confira os principais critérios:
Índice de Massa Corporal (IMC)
Pacientes com IMC muito elevado ou obesidade grave podem se beneficiar mais do bypass gástrico, que costuma proporcionar maior perda de peso e melhor controle de doenças associadas.
Doenças associadas
A presença de comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono e refluxo gastroesofágico, influencia diretamente na escolha. O bypass é mais indicado em casos de refluxo, enquanto o sleeve pode ser suficiente para quadros menos complexos.
Perfil alimentar e emocional
Pessoas com episódios frequentes de compulsão alimentar, ansiedade ou relação desregulada com a comida devem ser avaliadas com atenção. O bypass tende a ter efeitos mais impactantes na saciedade, o que pode ajudar nesses casos.
Capacidade de adesão ao pós-operatório
Ambas as técnicas exigem comprometimento com o acompanhamento pós-operatório e mudanças no estilo de vida. Porém, o bypass requer cuidados maiores com a absorção de nutrientes e suplementação contínua, o que exige maior disciplina do paciente.
Vantagens e desvantagens de cada uma das técnicas
Cada técnica de cirurgia bariátrica possui características que impactam diretamente nos resultados, no tempo de recuperação e nos cuidados a longo prazo. Entender essas diferenças ajuda a tomar uma decisão mais segura, alinhada ao perfil clínico de cada paciente.
Sleeve gástrico
Vantagens:
- Técnica menos complexa, com menor tempo cirúrgico e de internação.
- Preserva o trânsito intestinal, o que reduz riscos de complicações como síndrome de dumping.
- Menor risco de deficiência nutricional, já que o intestino continua absorvendo nutrientes normalmente.
- Boa eficácia na perda de peso, especialmente em pacientes sem comorbidades graves.
- Recuperação mais rápida e menor morbidade, sendo uma opção para pacientes de maior risco cirúrgico.
Desvantagens:
- Pode ser menos eficaz em casos de obesidade grave ou com múltiplas comorbidades.
Aumenta o risco de refluxo gastroesofágico, podendo exigir tratamento contínuo. - A perda de peso pode ser mais lenta ou menor do que no bypass em alguns perfis.
- Procedimento irreversível, pois parte do estômago é permanentemente removida.
Bypass gástrico
Vantagens:
- Técnica mista (restritiva e disabsortiva) com maior impacto metabólico.
- Maior perda de peso a longo prazo e menor risco de reganho.
- Excelente controle de doenças como diabetes tipo 2, apneia do sono e refluxo.
- Aumenta a saciedade e reduz o apetite por mecanismos hormonais.
- Em alguns casos, pode ser revertido, embora raramente necessário.
Desvantagens:
- Técnica mais complexa, com maior tempo cirúrgico e de recuperação.
Maior risco de deficiências nutricionais, exigindo suplementação contínua e acompanhamento rigoroso. - Pode causar síndrome de dumping, um mal-estar após a ingestão de açúcar ou gordura.
- Sensibilidade aumentada ao álcool e risco de complicações como hérnias internas ou úlceras.
Como é feita a escolha da cirurgia ideal no NTCO
A escolha entre sleeve ou bypass não deve ser feita apenas com base nas vantagens ou desvantagens de cada técnica.
É essencial considerar uma avaliação médica completa, que leve em conta o histórico clínico, as comorbidades, o índice de massa corporal (IMC), o perfil psicológico e o estilo de vida do paciente.
No NTCO, essa decisão é sempre feita de forma multidisciplinar. A equipe conta com cirurgiões, endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos que avaliam individualmente cada caso.
O objetivo é garantir que a cirurgia bariátrica escolhida seja realmente a mais adequada e segura para promover resultados sustentáveis e melhorar a qualidade de vida.
Essa abordagem integrada também permite preparar o paciente para a cirurgia e acompanhá-lo no pós-operatório, oferecendo suporte contínuo nas mudanças de hábitos, na adaptação alimentar e nos cuidados com a saúde física e emocional.
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