Adriano Rios – cirurgião do NTCO
O tratamento da obesidade deve deixar de ser encarado como apenas um ajuste no balanço energético dos pacientes que sofrem dessa enfermidade. Tratando-se de um problema que compromete o bem-estar nas esferas física, psicológica e social, precisamos, sempre, criar uma abordagem com protocolo multidisciplinar (endocrinologista, pneumologista, cardiologista, ortopedista, psiquiatra, dentre outros) e interdisciplinar (psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeuta e educador físico).
O intuito é criar um programa dinâmico e revisionado periodicamente a fim de criar hábitos e mudanças de comportamento mais adequados. Medicações poderão ser usadas a critério médico, lembrando que novas classes de substâncias tem surgido (análogos de GLP, inibidores de enzima DPP-4, associações de diversos reguladores de apetite e saciedade) com resultados promissores.
Enfim, apesar de não poder “culpar” alguém por ter uma DOENÇA, podemos e devemos criar empatia com o DOENTE, fazendo que saia do ciclo vicioso do perde e reganha de peso.
Adriano Rios é cirurgião do aparelho digestivo e diretor do Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade