O sistema digestivo se divide em diversas partes, entre elas o intestino grosso, onde possíveis doenças comprometem o bem-estar da pessoa como um todo. Logo, saber quais males oferecem riscos e como combatê-los é de fundamental importância.
O que é o intestino grosso e qual sua função no organismo
Após a passagem pelo intestino delgado, os alimentos chegam ao intestino grosso, tido como a etapa final do processo digestivo.
O intestino grosso é a parte distal do trato digestório, com aspecto tubular e cerca de 150 cm, começando no final do Íleo, com o ceco, e terminando no reto e ânus.
Tem função importante na absorção de água e formação do bolo fecal, forma de excretar resíduos não aproveitados na dieta.
Ali se acumulam bilhões de bactérias que auxiliam na digestão de fibras, produção de vitaminas e fortalecimento do sistema imunológico.
As principais doenças do intestino grosso e seus sintomas
Ficar atento aos sintomas intestinais aponta quando há algo de errado com o intestino grosso:
Pólipos intestinais
São crescimentos anormais na parede do cólon ou do reto, chegando a atingir 15% a 20% da população. Geralmente assintomáticos, em certos casos provocam sangramento retal, muco nas fezes e alteração no funcionamento intestinal. O perigo é evoluírem para um quadro de câncer colorretal.
Retocolite ulcerativa
Doença crônica que afeta o cólon e o reto, causando inflamação e úlceras na mucosa. Apresenta um forte componente hereditário e também relação com o sistema imunológico. Os principais sintomas incluem diarreia frequente (muitas vezes com sangue e muco), dor abdominal, fadiga e perda de peso.
Diverticulite
Inflamação ou infecção dos divertículos, pequenas bolsas que se formam na parede do intestino grosso, e a baixa ingestão de fibras é uma das principais causas. Pode causar dor intensa no abdômen (geralmente no lado esquerdo), febre, constipação ou diarreia e, em casos mais graves, perfuração intestinal.
Doença de Crohn
Doença inflamatória que pode afetar qualquer parte do trato digestivo, sendo mais comum no intestino delgado e grosso. Causa diarreia crônica, dor abdominal, fadiga, febre, perda de peso e complicações maiores como estenoses e fístulas. Tem caráter multifatorial, envolvendo causas genéticas, de estilo de vida, emocionais e outras.
Como diagnosticar e tratar problemas no intestino grosso
Na maior parte das vezes, doenças no intestino grosso são detectadas por exames de colonoscopia (que permite visualizar o interior do cólon e retirar amostras para biópsia), sigmoidoscopia (que avalia a parte final do intestino) e a própria análise das fezes, identificando sangue oculto ou infecções.
Em pólipos intestinais, o tratamento envolve a remoção. Já retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são enfrentadas com anti-inflamatórios, imunossupressores e ajustes na dieta. Quando a diverticulite é leve, acaba controlada com antibióticos e dieta – porém, casos graves exigem internação.
Cirurgias são necessárias diante de perfuração, obstrução, sangramento intenso ou câncer. Há quadros em que é preciso remover parte do intestino.
O tratamento intestinal é muito mais seguro e efetivo quando recebe acompanhamento especializado e multidisciplinar, como se dá com a equipe do NTCO (Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade). Agende sua consulta com um de nossos especialistas!