Consulta e consultório são palavras que já não andam juntas
Cláudia Daltro – Nutricionista do NTCO
Enquanto em outros países a telemedicina já é uma realidade, por aqui ela vem crescendo lentamente nos últimos anos. O atendimento pelo Samu, por exemplo, é uma teleorientação. Alguns grandes hospitais já oferecem consultas à distancia, inclusive com orientação nutricional, mas isso definitivamente não era uma realidade no Brasil. Com a pandemia, o Ministério da Saúde autorizou, em caráter de emergência, a prática da telemedicina enquanto durar o isolamento social.
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) que anteriormente só permitia a realização de consultas subsequentes à distância, passa a liberar também as primeiras consultas. Apesar de acreditar que nada substitui a consulta física, creio que a telemedicina traz grandes vantagens tanto para profissionais de saúde quanto para pacientes, em especial aqueles mais jovens, que têm a vida cada vez mais digital, dinâmica e para aqueles que moram no interior, que passarão a ter acesso a especialistas sem o alto custo do deslocamento.
Contudo, uma das grandes dificuldades enfrentadas com a telemedicina é em relação ao pagamento do atendimento. Os planos de saúde ainda estão se organizando para atender a essa novidade e nem sei se o farão! Assim, a maioria das consultas é particular e o valor combinado diretamente com o profissional.
Em tempos de isolamento social, fomos obrigados a evoluir, a nos adaptar e as consultas on-line estão se tornando, aos poucos, uma realidade, se mostrando uma excelente ferramenta, nos permitindo ampliar os horizontes e, de maneira segura, continuar a fazer aquilo que fazíamos antigamente apenas dentro dos consultórios. Numa época onde as pessoas confinadas comem muito mais por ansiedade do que por fome fisiológica, é ainda mais importante conseguirmos acessá-los em suas casas, por isso, que seja bem vinda essa tal de telemedicina.